Fui a Óbidos; só vi ruelas entupidas, atravancadas de gente, acotovelando-se em formigueiros de coisa nenhuma ou aguardando horas de pé, em filas infindas para ver quase nada.
Ia a um “Festival Internacional”, mas encontrei uma feirinha de chocolates.Falar de chocolate, em termos internacionais, não vai sem se referir belgas e suíços. Bruxelas, por exemplo, é um permanente Festival de Chocolate, com as montras das lojas dos melhores chocolateiros artesanais a rirem-se para nós e a tentarem-nos com a última invenção, quase sempre irresistível.
Aquela coisa de Óbidos é apenas uma máquina de promoção da Nestlé, que é quem patrocina e quem aparentemente mais negoceia, porque é quem vende mais barato (e menos bom).
Como se trata supostamente de um Festival, é claro que temos de pagar entrada; em troca, untam-nos a boca com uma tabletezinha de leite (Nestlé, pois claro!) como se nos estivessem a dar grande coisa, o que só consegue aumentar a minha assobiadela.
No mundo do chocolate, a Nestlé não passa de um gigantesco fabricante de tabletes em série! A grande e verdadeira arte manual do chocolate é outra coisa!
Ai, chocolate, chocolate, o que por aí vai em teu nome!...
Parabéns à Câmara de Óbidos por ser capaz de promover a sua terra, atraindo multidões (ainda que para um logro, com a ajuda preciosa da comunicação social). Voltarei a Óbidos, em qualquer altura, para rever Óbidos.
Pseudo-festival pseudo-internacional de pseudo-chocolate, não quero mais!
Com o dinheiro da entrada começo o mealheiro para umas trufas de champagne da Neuhaus: não deixam de ser já fabrico em série, mas ficam próximas da perfeição!
(Grande em qualidade e variedade da oferta de doçaria e pastelaria é o Festival da Batata Doce, em Aljezur. Isso sim, é apostar no genuíno!!!)
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