18 janeiro 2020

Katar Moreira e o LIVRE - As Minhas Dúvidas

KATAR MOREIRA E O LIVRE

Se só podem concorrer às Legislativas partidos políticos ou coligações, como pode Katar afirmar que foi eleita "sozinha"?

Se o LIVRE tem razões para se ver livre de Katar, o que o faz adiar a decisão?

Se Katar tem razão, e provas, por que não as apresenta, em vez de ir para a tribuna aos berros, vitimizar-se, e chamar mentirosos aos "livres", com um discurso que só lembra o pior de um Trump, um Chávez ou um Maduro?

Insultar sem argumentar é tique de ditadores e tiranos. Katar encaixa no perfil, com a sua arrogância, o seu ego insuflado e o seu pedantismo.

Como é que o LIVRE não percebeu,antes de a levar à ribalta?

Das duas, uma: ou a loba andou vestida de cordeira, ou o pastor achou que ela ia ser "o isco" para aumentar o rebanho.

Correu mal: afinal, Katar, pior que o lobo, é a hiena que devorará o pastor até não sobrar nada.

A prova disso é que, protegida por uma legislação cega, já anunciou que em circunstância alguma abandonará o Parlamento.

Pudera!!!

16 janeiro 2020

Perdi um Mestre

ANTÓNIO URBANO,
PROFESSOR E MESTRE


Conheci-te nos meus inexperientes 21 anos, quando cheguei à nossa escola. Eras tu já o respeitado e experiente senhor professor Urbano, calejado e sábio, observador e sério, calmo, e de matreirinho sorriso sedutor.

Depressa te admirei, pelo respeito que incutias e pela forma como, naturalmente, te pautavas, tu próprio, pelo respeito pelo outro.
Depressa me encantei pela tua imensa cultura, e pela forma discreta como generosamente a partilhavas.

Mostraste-me quão importante é cuidar a solidez do nosso conhecimento, e que não é por falarmos mais alto que temos mais razão, e que não é por vestirmos sete saias de sapiência e calçarmos 10 cm de sobranceria que sabemos mais.

Quando dois anos depois decidiste assumir a presidência do Conselho Directivo, levaste-me pela mão para a minha primeira experiência em gestão escolar. E ensinaste-me muito, muito, muito.

Quando o muro da nossa escola caiu, ajudaste-me a perceber que há muros invisíveis que nunca querem cair, mas que não há mal em ser D. Quixote, e querer derrubá-los, que sonhar faz parte, e faz falta.

Mostraste-me que livre arbítrio é escolhermos caminhos de princípios, de brio, de discrição, de saberes e de afectos.

Quando dei por isso, já me tinhas deixado juntar ao Mestre um Amigo.

"Cresceste-me".
Pelas melhores de todas as razões, marcaste-te em mim.

Não estou segura de ter estado, sequer de estar, à altura ...
Mas, agora, hoje, precisamente hoje, tenho a grata e absoluta certeza de que nunca me desaparecerás.

E é este o imenso, inabalável e consolador privilégio de ter-te conhecido.

02 janeiro 2020

A Palmada do Papa Francisco

 A PALMADA DO PADRE FRANCISCO

Tanto alarido em torno da palmada do Papa...

Bergoglio reagiu como um humano que se sente ameaçado pela violência fanática de outro humano.

É politicamente incorrecto? Sim. Mas é humano e até pedagógico. Acho que o Papa deu um bom exemplo de que a tolerância tem limites.

Quanto ao seu pedido de desculpas, não retira legitimidade nem pertinência ao seu gesto.

Deveria o Papa ter dado o outro braço, como quem dá a outra face, para a senhora puxar? Por favor...

Sendo eu agnóstica, vejo este Papa como um combatente contra o fosso entre a igreja e a sociedade actual. Trouxe vitalidade, abertura de espírito e humanidade ao Vaticano e ao mundo.

Os que condenam Francisco devem ser os mesmos que acham que uma criança não pode levar uma lamparina quando "pinta a manta" em lugares públicos, ou bate num professor, no no pai ou na mãe...