MARCELO, O DESAPARECIDO
Quando o Covid-19 já era uma ameaça incontornável, Marcelo desvalorizou o problema, beijando, abraçando e papagueando.
Tardiamente, deixou de o fazer, mas ainda brincou com a situação, em público, dizendo, "Ai, não podemos!", como uma criança só não faz algo inocente porque os irritantes adultos não deixam.Quando a suspeita da doença lhe bateu à porta, palhaçou à varanda.
E agora perdeu o pio. Hibernou. Escafedeu-se. Sumiu-se.
Está com medo? Está envergonhado? Quer ser exemplo para o país?
Para mim, caiu-lhe a máscara...
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