16 janeiro 2021

Presidenciais: Portugal 2021 e França 2002

PRESIDENCIAIS: Portugal 2021 vs França 2002


Não aprendemos nada com a História?

Em 2002, a França tinha um Presidente de Direita (Chirac) e um Primeiro-Ministro socialista (Jospin).
Chirac candidatava-se a um segundo mandato presidencial.
Contra ele corria um candidato centrista (Bayrou), quatro candidatos de esquerda, e um candidato de extrema-direita (Jean-Marie Le Pen).
Em 2021, Portugal tem um Presidente de Direita (MRS) e um Primeiro-Ministro Socialista (Costa).
Marcelo candidata-se a um segundo mandato.
Contra ele corre um candidato centrista (Tiago Mayen), quatro candidatos de esquerda e um candidato de extrema direita (AV).
Em 2002, o candidato da extrema-direita foi o segundo mais votado, e obrigou Chirac a uma segunda volta.
De nada serviu que os candidatos da esquerda, juntos, tivessem muito mais votos que Le Pen.
Foi a primeira vez na história do país que nenhum candidato de esquerda chegou à segunda volta, e foi também a primeira vez que um candidato de extrema-direita o conseguiu.
Na 1ª. volta dessas presidenciais a taxa de abstenção foi a mais alta de sempre.
No dia seguinte, a França teve um sobressalto, e apercebeu-se do que estava em jogo, e de que o perigo da extrema-direita era real.
Na segunda volta, Chirac foi reeleito pelo seu eleitorado, e também pelo voto útil da esquerda, do centro e da direita, contra a extrema-direita.
Salvaguardadas as diferenças existentes entre um cenário e o outro, temo que, passados 19 anos, esta realidade se repita no nosso país.
Não aprendemos nada com a História?
Vejo as coisas deste modo:
Marcelo está, evidentemente, reeleito, com mais ou menos votos.
A questão, para mim, é:
Vamos deixar que a extrema-direita chegue à segunda-volta das nossas Presidenciais?
Vamos ficar em casa, desinteressados?
Ou vamos engolir os sapos que for preciso e votar na candidata de esquerda que reúne melhores condições para não deixar que a extrema-direita avance no nosso país, e ganhe peso para impor as suas ideias no governo do país?
Face a este cenário, e ao que está em jogo, não tenho dúvidas.
#AnaGomes2021




Nota: Nas Presidenciais francesas de 2017, a esquerda foi novamente afastada da segunda volta, que assistiu ao confronto Macron-Marine Le Pen.





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