Como os intervalos entre as aulas servem para satisfazer necessidades primárias, defendo que não se come e não se bebe numa aula, nem sequer água, nem sequer pão.
Uma vez que os intervalos dão espaço para brincar e também para tratar do que for necessário, não aceito que um aluno queira fazer durante uma aula o que não teve pressa de fazer antes, quando estava livre (ir à papelaria, ao bar ou à secretaria).
Já que sou responsável pelos meus alunos durante o período em que lhes estou a dar aula, prefiro tê-los ao pé de mim, a bem da segurança deles, e para descanso do meu espírito.
Como uma aula dura 45 minutos ou, no máximo, 90 minutos, não vejo que um aluno precise de ir à casa de banho, a não ser em caso de excepcional emergência.
Partindo do princípio de que nas salas de aula não chove, nem aperta o sol directo, não aceito que os alunos estejam de boné.
Dou por mim a ficar quase isolada a defender estas ideias, pelos vistos antiquadas, rígidas, intolerantes e tão desprovidas de bom-senso que só já ficam bem no sótão, que é o arquivo morto da escola.
De nada me vale argumentar que temos obrigação de educar/formar os nossos alunos, fazendo-lhes sentir a necessidade do cumprimento de regras, de horários, de restrições e de condicionalismos que a sociedade impõe, e que os vão acompanhar ao longo de toda a vida, enquanto cidadãos, no quotidiano, no emprego, na vida social...
Posso estar a ficar velha, mas ainda bem que sou teimosa!
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