30 março 2011

Dúvidas de um QI Baixo

DÚVIDAS DE UM QI BAIXO


Ando com esta dúvida há tempos: facilidade e facilitismo são coisas diferentes, certo? Por exemplo, quando uma criança é habituada a fazer os TPC sozinha e é pontualmente ajudada por um adulto em caso de necessidade, isso deve ser uma facilidade. Mas se a criança é habituada a ter os TPC feitos por um adulto, isso é facilitismo. Quando usamos a internet para, de forma mais rápida e fácil, obter informação para um trabalho, isso é facilidade, mas quando copiamos a informação e nos apropriamos dela como se fosse o fruto do nosso trabalho chama-se facilitismo. Se juntamos o nosso dinheiro ao longo de meses para podermos pagar um "luxo" que namoramos há tempo, isso é facilitarmo-nos a vida; se, porém, aproveitamos uma abébia de um dinheirito emprestado (às vezes a fundo perdido), isso já é facilitismo. Quando vamos em serviço para fora e aproveitamos para conhecer outra cidade, isso é uma facilidade que o trabalho nos permite, mas quando assinamos a folha de presença e desaparecemos de seguida para o laró, deve ser facilitismo...? (para não lhe chamar outras coisas). Então, é mais ou menos isto ou está a escapar-me alguma coisa?


O texto que acaba de ler é da autoria de QI Baixo.
QI Baixo colabora com o Assobio, e escreve neste  blog quando pode e quer.

29 março 2011

País em Crise III - Pequeno-Almoço Fora

PEQUENO-ALMOÇO FORA
FORA COM A CRISE!


Num país em crise, não há tempo para nada, muito menos para tomar o pequeno-almoço em casa. Mesmo quando há tempo, não há paciência.

Saiu dos hábitos de muitos portugueses (e noutros nunca entrou...) fazer a primeira refeição do dia em casa.

A trabalheira de comprar tudo, pôr a mesa, fazer as torradas ou a sandocha, aquecer o leite, descascar a fruta, ... isso era bom para as mulheres de outro tempo, que estavam todo o dia em casa e não tinham dinheiro.

Hoje, uma família tem pressa de sair de casa, e toma o pequeno-almoço fora.

Obviamente, este "luxo" tem um custo: o pequeno-almoço fica pelo dobro do dinheiro, mas não dá trabalho nenhum e portanto é normal que se pague.

Dantes só os ricos tinham poder de compra para se sentarem num café; mas as esplanadas democratizaram-se e hoje qualquer um se pode lá sentar a alimentar os seus vícios de rico com rendimentos de pobre.

Portugal é certamente o país da União Europeia com mais serviço de pequeno-almoço em cafés e pastelarias, facto que se deve, necessariamente, ao nosso elevado poder económico. 

Não vamos com certeza querer comparar um português com um pobretanas dum nórdico, alemão ou francês, essa gente pindérica  que toma o pequeno-almoço em casa...

Isto aqui é outra loiça!

27 março 2011

País em Crise I - Aniversários para Crianças

ANIVERSÁRIOS PARA CRIANÇAS
- A FACHADA


No país em crise, os aniversários das crianças não se comemoram em casa.

Falta espaço para tanta gente, falta tempo para compras, preparativos, cozinhados e limpezas-arrumações pós-festa e falta paciência, porque a vida já é o que é de 2ª a 6ª feira, quanto mais estragá-la ao fim de semana.

No país em crise cultivam-se novas formas de celebração de aniversários.

No país em crise, recorre-se a empresas de eventos ou de restauração, que tratam de tudo, desde a comidinha à animação (música, palhaços, pinturas faciais, figuras de desenhos animados, batalhas de paintball) passando pelos balões e gaitas, mais os presentinhos para todos os convidados, o bolo de aniversário, etc.

No país em crise, o sucesso destes eventos é de tal ordem que já há festas de aniversário às 10 da manhã, por falta de vaga no turno da tarde.

No país em crise proliferaram os negócios neste sector.

Estarão agora em crise?

País em Crise II - as Viagens de Finalistas

VIAGENS DE FINALISTAS - UM DIREITO ADQUIRIDO

Num país normal as viagens de finalistas ocorrem no final do ensino secundário e à saída do ensino superior, e são um acontecimento memorável na vida de um estudante,  uma forma de assinalar a conclusão de um importante ciclo académico.

Num país em crise, fazem-se viagens de finalistas à saída do 3º ciclo, e do 2º ciclo e até à saída do 1º ciclo.

Num país em crise há até quem faça queima das fitas no ensino básico.

Num país em crise, crianças de 12 ou 13 anos fazem as malas e vão para um "resort".

Num país normal, as viagens de finalistas são aproveitadas para conhecer outras regiões pátrias, e conciliam a vertente lúdica com pelo menos algumas preocupações culturais.

Num país em crise, as viagens de finalistas são sempre para o estrangeiro, porque o que é nacional é piroso, e conciliam a vertente - pelo menos - etílica com talvez algumas preocupações de bronzeado em areal.

Um país em crise ostraciza ou ridiculariza os jovens cujos pais não têm capacidade económica para sustentar estas cavalgadas (ou que têm força suficiente para lhes resistir).

Nesta Páscoa, continuaremos a partilhar a nossa crise com Lloret del Mar e afins?

23 março 2011

Ode(io) ao Assobio (por QI Baixo)

Ode(io) ao Assobio

Caro Assobio,

Com as minhas felicitações pelo teu regresso, constato nos últimos dias que a tua rentrée foi em grande!

Não, não é para fazer aqui o elogio do texto, essa parte não me compete nem é este o local próprio. Simplesmente gostei de ver que afinal ainda há muita gente que não fica indiferente ao que lê e que não se importa de "perder tempo" a fazer comentários em blogues.

A propósito do muito que se tem dito/visto/ouvido sobre a geração à rasca, há duas coisas que me ficaram a martelar na cabeça. Primeiro, uma entrevista a uma jovem de 26 anos, licenciada há dois e desempregada há outros tantos, que disse saber que rapidamente arranjaria emprego numa loja ou num supermercado, mas que não se menosprezava (sic) a esse ponto. Segundo, a ligeireza com que a frase "A Nossa Culpa", e as ideias que lhe associaste na parte final do teu texto, vieram a ser relegadas para segundo plano, numa demonstração de que o nosso medo é tanto que talvez seja melhor deixarmos a cabeça enterrada na areia mais uns tempos.

Já agora, e não querendo fazer disto uma Carta Aberta ao Assobio, gostava que soubesses que vários colegas de trabalho me mostraram hoje um texto sobre a geração à rasca. Todos tinham a mesma versão e para todos o texto era da autoria de Mia Couto. Naquilo que pude, lá fui desfazendo o equívoco, só que quando chegou à parte de quererem autógrafos...! eh pá! desculpa lá, mas não posso meter essa cunha!

O texto que acaba de ler é da autoria de QI Baixo.
QI Baixo colabora com o Assobio, e escreve neste blog quando pode e quer.



21 março 2011

Geração à Rasca - Assobio Rebelde, Mia Couto, Plágio e Iliteracia

"GERAÇÃO À RASCA", 
ASSOBIO REBELDE E MIA COUTO
(PLÁGIO E ILITERACIA DIGITAL)


Este blogue existe há cerca de 5 anos, e não é um blogue anónimo.

Aqui escrevo, devidamente identificada no perfil ("Quem Assobia").

Os que aqui me visitam sabem que este espaço  não é anónimo e que aqui são respeitados os direitos de autor.  Logo que redigi o texto, a 09 de março (portanto, antes da manifestação), disponibilizei-o na minha página do Facebook.

Não faço ideia por que razão o texto foi atribuído a Mia Couto. Nada fiz por isso. Costumo defender as minhas ideias sem precisar de me esconder atrás de outras pessoas. Quanto à forma como escrevo, ela está patente aos olhos de toda a gente (por exemplo, aqui no "Assobio"), basta querer ler textos anteriores.

O próprio Mia Couto me pede que desfaça o equívoco... Não estamos a ficar um pouco loucos?

Tenho de ser eu a dizer que o meu texto não é de Mia Couto? Ora essa!...

O equívoco com Mia Couto não é o único; já me acusaram de ter usurpado o texto a mais um ou dois autores, naquilo que considero serem deliciosas manifestações de distorção intelectual...

Quando decidi escrever sobre este assunto, limitei-me a expressar o meu ponto de vista, como tenho feito aqui, a propósito de outros temáticas, e como é meu hábito  fazer no quotidiano. Evidentemente, não descobri a pólvora nem sou dona da verdade, nem reclamo qualquer  talhão no cemitério das ideias absolutamente originais. Com tanta gente a escrever sobre o mesmo...

Uma coisa é certa - o plágio não é compatível com os meus valores. Dito isto, não  posso deixar de dizer que me tenho divertido com os insultos de alguns comentadores empenhados em acusarem-me de plágio.

A propósito   de comentários: todos  (mesmo os anónimos) têm sido publicados, com dois tipos de excepção:

a) os que contêm insultos ou um nível de língua muito abaixo do padrão;

b) os que são mais extensos do que o meu próprio "post": quem tem tanto para dizer pode talvez criar um blogue para fazer ouvir condignamente a sua voz.

Todos os outros comentários são, obviamente, bem vindos, sobretudo quando enriquecem de forma saudável a discussão.

Lamento apenas que alguns comentários  revelem tamanha dificuldade de interpretação do que escrevi, e que vejam neste meu post um ataque às novas gerações. Às vezes, o nível de distorção do meu pensamento é tal que me pergunto se não estaremos, de facto, perante formas subtis e requintadas de iliteracia... o que só dá razão ao que escrevi.

09 março 2011

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Um dia, isto tinha de acontecer.

Existe uma geração à rasca?

Existe mais do que uma! Certamente!

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.

Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem  Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde  uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a  informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?

Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem  são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.

A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.

Pode ser que nada/ninguém seja assim.

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ACTUALIZAÇÃO:
Sim, este texto é mesmo meu.
Não, este texto não é de Mia Couto.

Circula nas redes sociais atribuído ao autor moçambicano.
O próprio desmentiu a autoria. Basta pesquisar um pouco, para perceber!

08 março 2011

Carnaval à Portuguesa - Bailódromos Molhados

CARNAVAL FORA DE TEMPO


Começa a ser repetitivo.

Chove no Carnaval, e lá vem o espectáculo do costume.

Ou não há mesmo festa, ou a festa acaba à pressa, com toda a gente a fugir da chuva.

Depois, vem a lamúria dos prejuízos causados pela falta de foliões dispostos a pagar entrada nos bailódromos-abanódromos.

Até com o Carnaval somos desfasados da realidade. Quando é que nos convencemos da latitude e longitude de Portugal?

É verdade que no Carnaval tudo é a fingir, pelo que ninguém pode levar a mal fingirmos que estamos no verão.

Mas alguém já pensou no impacto negativo dos festejos invernais do Carnaval no Serviço Nacional de Saúde?

Quantas constipações, Resfriados e outras avarias?  Idas ao médico? Entupimento das urgências? Incapacidades temporárias para o trabalho?

Ah!... Pois é!

07 março 2011

A Impertinência da Professora ou o Direito da Aluna à Indignação

ATITUDES...


A adolescente, habitualmente de poucas falas e avessa a comentários sobre o seu quotidiano de estudante de 9º ano, chega a casa enervada.

A indignação é tal que puxa ela própria a conversa à mãe.

Ofendida, é o que ela vem, com a professora X. Ofendidíssima.

A professora X... "Ó mãe, ela teve a lata de interromper uma conversa importante que eu 'tava a ter com a C., uma coisa que tínhamos mesmo de falar, mãe!..."

Realmente!...

Em plena aula, a professora X interromper a conversa de duas alunas...

Onde nós chegámos!

06 março 2011

Cócegas na Cabeça dos Dedos

ASSOBIO SEM PIO,
QI BAIXO EM BAIXO


Primeiro a falta de tempo (ai, esse sorvedouro de horas chamado trabalho...),  e depois umas fortes fragilidades da saúde têm silenciado o Assobio (e o QI Baixo também não tem teclado).

A tudo o meu silêncio resistiu:

- Orçamento de Penúria de Estado para 2011 e ofícios correlativos;

- Pobreza de eleições presidenciais, com suas confrangedoras campanha eleitoral e participação eleitoral;

- sobressaltos e pesadelos educativos;

- etc., etc., etc.

Ultimamente, porém, andam a acontecer coisas que me têm provocado brotoeja nos neurónios e cócegas na cabeça dos dedos. Ando assim a modos que a ferver, com vontade de teclar umas barbaridades...