26 julho 2006

Consumo e Poupança

 O espectáculo de David Fonseca custou ao bolso dos munícipes de Cerromaior mais de 7000 contos!

7000 contos para ouvir um tipo que tem vergonha de cantar na língua dele textos tão fraquinhos que nem sequer são "dizíveis" em português...
7000 contos para um espectáculo que reproduziu a metro, centímetro e milímetro, o que os CD já debitavam, uma coisa que não é pão nem bolo, nem burro nem feixe de lenha.
Quanto mais ouço estas misérias, mais respeito tenho pelos que insistem em cantar em português, e em português triunfam cá e lá fora! Para os Davides Fonsecas cá do burgo deve ser uma coisa difícil de perceber que Madredeus, Mariza, Dulce Pontes, Amália, tenham conseguido fazer a carreira que fizeram, também a nível internacional, e que Xutos ou Rui Veloso tenham o sucesso que têm...
Ser bacoco não é uma opção, mas (brincando com as palavras), toda a gente devia fazer um esforço para se desviar do coco.

Quanto ao município de Santiago do Cacém, é pena que seja esta a sua forma de encarar a cultura: objecto de consumo massificado, pronto-a-comer, de preferência avulso!

Tesouros

 Reabriu o Tesouro da Colegiada de Santiago, na Igreja Matriz de Cerromaior.

O momento foi assinalado com o lançamento simultâneo do livro "A a Z - Arte Sacra da Diocese de Beja", de José António Falcão, um santiaguense de reconhecido mérito na área da conservação do património histórico e religioso.
De novo se ouviu falar do Museu de Arte Sacra para esta cidade... projecto apenas sonho, por falta de recursos, é certo, mas também por ausência de verdadeira vontade política, como se não se percebesse que a mais-valia cultural de uma região pode ser também a sua oferta museológica.
São opções: quando se gastam 7000 contos avulso num concertito "mastiga e deita fora" não se consegue amealhar para investimentos de vulto.
Como diria um ex-aluno, temos pena!!!...

21 julho 2006

Professores e Férias

 Ontem saí da escola às 20.15, hora a que ficou concluído o processo de encaminhamento das provas do exame nacional que começou às 17.30. Anteontem foi igual, sem ar condicionado, e não me estou a queixar!

Mas irrita-me que me perguntem se já estou de férias, num tom de quem só espera a confirmação da certeza!
Maldita mania de achar que os professores não fazem nada a partir do momento em que acabam as aulas!...

20 julho 2006

Excessos

 Quando oiço clamar que não há condições para trabalhar nas repartições públicas porque falta ar condicionado, dá-me vontade de rir...

Quando o assunto merece honras de noticiário na TV dá-me vontade de gritar!
Como é que se vivia, quando não havia ar condicionado? E como é que vive quem não tem dinheiro para o comprar? E como é que trabalha quem é obrigado a andar na rua, ao calor?
São estas coisas de país miserável, mas novo rico, que me deixam a assobiar...

19 julho 2006

Festas de Santa Maria/2006 - Ermidas-Sado

 Julgar que Campo Maior é a única terra onde de vez em quando as ruas ficam floridas, é ainda não ter ouvido falar de Ermidas-Sado.


Esta vila do litoral alentejano faz florir regularmente (de dois em dois anos) as suas ruas e o seu largo principal. Este ano será de 11 a 15 de Agosto.

Numa visita guiada pelos vários ateliers espalhados pela vila, a convite da Comissão de Festas, tive o privilégio de penetrar no muito bem guardado segredo de criação das diferentes decorações das ruas.

Há um belíssimo trabalho manual, imenso, minucioso e dedicado, por parte da população ermidense, na criação, em papel, dos motivos florais que hão-de preencher as ruas da vila.

Os homens, mulheres e jovens que encontrei a trabalhar bem podem sentir orgulho de si próprios e do colectivo a que pertencem.

Pelo que vi, Ermidas vai estar deslumbrante!

Dia 11 lá estarei!

17 julho 2006

Alma Cheia

 Tenho a alma cheia do reencontro com tantos colegas de curso.

Já cá cantam 22 jantares anuais!
Todos estamos pelo menos quarentões; temos filhos, alguns netos e cabelos brancos mais ou menos disfarçados.
Seguimos rotas separadas ou trilhos semelhantes, espalhados por este país ou por outros, mas quando ficamos juntos, neste mês de Julho, uma vez por ano, somos outra vez cúmplices, como se tivesse sido ontem...

O que nos uniu? O que nos une, ainda, passado tanto tempo?

- As noites inteiras passadas à porta da Faculdade, para inscrições no início de cada ano lectivo;
- Um espírito livre, de malta que gostava descontraidamente do que andava a estudar!
- Um princípio básico de solidariedade, em que nos reuníamos muitos para fazermos juntos os diferentes trabalhos em grupo e nos entretínhamos a dar sugestões uns aos outros e a compartilhar as "tiradas" que nos iam saindo.
- Um companheirismo que se estava nas tintas para a competição, e em que cada um fazia o melhor que podia, sem passar por cima de ninguém.
- A partilha de horas e horas de trabalho e de divertimento: idas colectivas ao cinema, directas laborais em casa de uns e de outros, tardes de tagarelice na relva, manhãs de mergulho nos livros, refeições delirantes na cantina, distribuição metódica de tarefas de leitura ou grandes jogatinas de dados... e etc e tal...
- O privilégio de termos sido alunos de grandes mestres: David Mourão Ferreira, Mário Dionísio, Lindley Cintra, Urbano Tavares Rodrigues, Maria de Lourdes Cortez, Maria Alzira Seixo, Maria Helena Mateus, Ivo de Castro, Maria de Lurdes Belchior...
- A memória de um quotidiano chorado ou rido, sofrido ou cantado, a multiplicar por uns trinta mânfios que foram criando laços que se entrelaçaram com outros laços.

Eram demasiadas coisas em comum para que nos separássemos para sempre, no final do curso.
Este nosso encontro anual resiste às vicissitudes individuais, aos acidentes de percurso e às complicações existenciais porque o que vivemos foi demasiado bom para ser esquecido. Falhando um ou outro, um ano aqui outro ali, Julho é sempre de 1980 a 1984!

Nós, que rejeitámos praxes, trajes académicos, queimas de fitas e toda a panóplia de iniciativas com que hoje se mascara e embriaga um suposto espírito estudantil que já quase ninguém sabe o que é, nós que não quisemos rituais, mantemos religiosamente o nosso ritual.
Para o ano há mais, malta!

16 julho 2006

Pedinchões e Mãos-Largas

 Quando era pequena, a minha mãe dizia-me:

- Se quiseres, vais comigo à mercearia, mas não me pedes nada. Se pedires, já sabes que a mãe não compra!
Ia, e vinha de lá quase sempre toda contente, porque ganhava uma sombrinha de chocolate ou uns caramelos "de vaquinha", como prémio por não ter pedido nada. Das vezes em que pedi, vim de mãos a abanar.

Quando me sento numa esplanada e vejo as crianças atafulharem-se de guloseimas e gelados e mais guloseimas umas atrás das outras, e os adultos a largar dinheiro, só para serem deixados em paz, e as crianças a exigir mais, a birrar, e os adultos a abrir outra vez a carteira, fico PODRE e sai-me o assobio pelos cabelos.

15 julho 2006

Super-Portuga

 O Portuga é o maior!

A praia e o sol são para aproveitar de manhã à noite!

Que conversa é essa de ir só de manhãzinha ou ao fim da tarde?

Desde miúdo que o Portuga passa o dia na praia.

Antigamente, ia a família toda, farnel para o dia inteiro, fogareiro e sardinhada, febras e garrafão, mais melancia ou melão e um baralho de cartas para entreter.

Depois, a família envergonhou-se, foi expulsa pelos turistas, transformou-se, passou a fazer a sardinhada no pinhal.

Um dia o pinhal foi abaixo, devorado pelo progresso e pela construção.

A família passou a ficar em casa, mas o Portuga, jovem ou adulto, continuou a cultivar o hábito:


Praia a sério é para esturricar o lombo ao sol!

Quem não ficar encarnado nos primeiros dias e castanho escuro numa semana não é homem (ou mulher) não é nada! Quem é que morre com um escaldão? Até enrija!

Chapéu-de-sol é uma pirosada!

Boné na cabeça para quê?!

Protector solar é para os branquinhos e os estrangeiros!

Recomendações dos médicos são mariquices!

Cremes é um negócio para as farmácias!


Infelizmente, cancro de pele é para qualquer um, mas o Portuga ficou em 4º lugar no Mundial de Futebol, por isso não é qualquer um...

Super-Portuga

 O Portuga é o maior!

A praia e o sol são para aproveitar de manhã à noite!
Que conversa é essa de ir só de manhãzinha ou ao fim da tarde?
Desde miúdo que o Portuga passa o dia na praia.
Antigamente, ia a família toda, farnel para o dia inteiro, fogareiro e sardinhada, febras e garrafão, mais melancia ou melão e um baralho de cartas para entreter.
Depois, a família envergonhou-se, foi expulsa pelos turistas, transformou-se, passou a fazer a sardinhada no pinhal.
Um dia o pinhal foi abaixo, devorado pelo progresso e pela construção.
A família passou a ficar em casa, mas o Portuga, jovem ou adulto, continuou a cultivar o hábito:

Praia a sério é para esturricar o lombo ao sol!
Quem não ficar encarnado nos primeiros dias e castanho escuro numa semana não é homem (ou mulher) não é nada! Quem é que morre com um escaldão? Até enrija!
Chapéu-de-sol é uma pirosada!
Boné na cabeça para quê?!
Protector solar é para os branquinhos e os estrangeiros!
Recomendações dos médicos são mariquices!
Cremes é um negócio para as farmácias!

Infelizmente, cancro de pele é para qualquer um, mas o Portuga ficou em 4º lugar no Mundial de Futebol, por isso não é qualquer um...

13 julho 2006

Imposto Sobre Veículos - II

 6.45 da manhã: chegada à porta da Repartição de Finanças.

Já lá estavam cinco pessoas...
Às nove, quando a porta abriu, a fila ia longa.
Dois terminais de computador para dois funcionários.
O primeiro atendeu dois enquanto o segundo despachou um.
Quando chegou a minha vez, tinha de ser: o sistema bloqueou. Ficou cansado às 9.20, por excesso de trânsito na rede!
Aguentei mais dez minutos e lá consegui vir de volta com uma folhareca A4 que me substitui o "selo" até que os Correios mo tragam.

Alguém tem dúvidas de que o Estado simplificou e poupou dinheiro?

Dantes, preenchia-se em dois minutos um impresso de formato quase-A5, de que se ficava com o duplicado; pagava-se e trazia-se o selo.

Agora, o computador demora cinco ou 10 minutos a encontrar-nos, o Estado gasta impressora, papel e tinta para imprimir duas folhas A4 e ainda tem de pagar aos Correios a franquia dos envelopes que hão-de ser enviados com os "selos". Como alguém tem ainda de processar a informação e pôr o dístico dentro do envelope, está-se mesmo a ver que o Estado se farta de poupar com esta inovação!...

Ando a assobiar desde manhã!!!

12 julho 2006

Imposto sobre Veículos

 Últimos dias para comprar o "selo do carro".

Não é costume, mas desta vez atrasei-me.
Filas intermináveis na Repartição de Finanças.
Se quiser pedir a alguém que me compre o quadradinho, fico sem documentos do carro. É obrigatório apresentar NIF e documentos do veículo.
No ano passado já era assim, e no ano anterior também.
Mas não serve o duplicado da compra do dístico do ano passado, com carimbo da mesma Tesouraria.
O Estado não confia no Estado.
Quem vive numa freguesia sem Repartição de Finanças tem de se deslocar de propósito à sede de concelho.
Perde-se uma manhã ou uma tarde de trabalho, no mínimo, porque as filas são mesmo longas e não há garantias de se conseguir ser atendido no turno em que se chega!

É simplex!


PS. É claro que a culpa é minha, porque o Estado até me facilitou a vida - podia ter feito a compra pelo Internet!
Quem me manda ser pré-histórica, eu e mais uns milhões de portugueses?...

11 julho 2006

Isenções

 Isenções

A Selecção de futebol fez a sua obrigação.

Os jogadores são profissionais. O trabalho deles é jogar à bola. Quanto melhores forem, melhores contratos conseguem para si.

Neste Mundial, os jogadores viram o valor dos seus passes aumentar, nalguns casos muitíssimo.

Isso significa que vão ganhar mais do que o muito que já ganham.

Têm um prémio de jogo de 10 mil contos.

Que razão plausível há para estarem isentos de IRS sobre esse prémio?

Se um indivíduo que recebe o salário mínimo o tem de pagar, porque é que eles não o pagarão?

Por acaso um normal contribuinte não tem de pagar IRS sobre o seu subsídio de férias, e sobre tudo o que ganha?

Estar grato à selecção é uma coisa.

Gozar connosco é outra.

Não esperámos muito para sermos novamente confrontados com a real miséria das estruturas do nosso futebol.

Tristeza!...

10 julho 2006

Cântico

O que eu espero, não vem.

Mas ficas tu, leitor, encarregado

De receber o sonho.

Abre-lhe os braços, como se chegasse

O teu pai, do Brasil,

A tua mãe, do céu,

O teu melhor amigo, da cadeia.

Abre-lhe os braços como se quisesses

Abarcar toda a luz que te rodeia.


Não lhe perguntes por que tardou tanto.

E não chegou a tempo de me ver.

Uns têm a sina de sonhar a vida,

Outros de a colher.

Miguel Torga

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Somos um país que não somos.

Queríamos ser outro, não pelo que valemos no quotidiano, mas através de uma equipa de futebol.

Infelizmente, quando se acaba a esperança do futebol, ficamos só nós, só o que somos.

Os emigrantes portugueses em França perceberam isso há muito tempo, e é deles que tenho pena.

Deles, e dos milhares de outros que, mundo fora, convivem todos os dias com o estigma e com a humilhação, e todos os dias têm de provar, pelo trabalho e pela dignidade, que são melhores do que o rótulo que lhes vai colado à testa.

Na Conferência de Imprensa, Scolari tocou na ferida.

Ser português não devia ser uma fatalidade.

08 julho 2006

A Maior Sangria do Mundo... Alentejano

 Em Julho de 2006, a Liga de Amigos do Cercal preparou 4524 litros de Gaspacho na Maior Tigela de Sopa do Mundo, com que se bateu o record do Guinness Book (na foto).

Hoje, 8 de Julho, vamos bater o record da Maior Sangria do Mundo... Alentejano.
Serão 500 litros de sangria, pronta a beber, à borla, a partir das 17.30, no Largo dos Caeiros, em Cercal do Alentejo.
O lucro do que se comer e comprar, nos bares e na Feirinha de produtos regionais, reverte a favor dos Bombeiros locais, como já aconteceu no ano passado.
Todos serão bem vindos.
Bebam com moderação; no final, se quiserem, também fazemos o "teste do balão".

06 julho 2006

Critérios de Sucesso

Zidane foi expulso por agressão sem bola - recebeu o título de melhor jogador do Mundial.

Ricardo bateu o record de defesas de grandes penalidades - e nem sequer foi o melhor do jogo.

Chegaram à final as duas equipas mais oportunistas do Mundial. Franceses e italianos souberam organizar-se, fazendo quase sempre anti-jogo, e contra-atacando no momento certo.

Parece que, se fosse possível, estariam 120 minutos a trocar a bola, fechados no seu meio campo, à espera do apito final.

Qual futebol bonito, qual espectáculo, qual criatividade!Isso não interessa para nada.

Qual risco, qual ousadia, qual desejo de vencer por mérito próprio e não à custa dos erros dos outros!

Assim vai o Futebol, se calhar espelho do Mundo.

05 julho 2006

Previsões e Orações Secretas

Meteo France - Previsões confidenciais

Uma catástrofe natural vai abater-se sobre o nosso país.

Uma invasão de mosquitos de asa verde, com origem na província mais ocidental de Espanha está a aproximar-se perigosamente do nosso país.

Alguns exemplares da irritante e incomodativa espécie já foram avistados em França, prevendo-se que o pior possa acontecer nas próximas 24 horas, com a possível chegada massiva da praga.

Aconselha-se os idosos e as pessoas sensíveis a que fiquem em casa, tranquem portas e janelas e evitem qualquer contacto com o exterior, mesmo através da tv ou da rádio.


Deutschland Meteo - Estado do Tempo

Nas últimas horas, uma esmagadora massa de ar quente vinda do Mediterrânio abateu-se sobre a Alemanha, tornando irrespirável o ar.

Kaput


Meteo Italiana

Os Alpes protegem-nos de qualquer ameaça!

Os alemães não passaram, e não passa mais ninguém!

Venha quem vier, morre!


Oração de Scolari

Virgem Santíssima, Nossa Senhora, faz com que não tenhamos de jogar ainda contra os alemães!

04 julho 2006

Boletim Meteorológico

 Vamos lá olhar bem para este início de Verão:


Ultimamente só tem feito sol, um sol amarelo, lindo, por entre nuvens vermelhas e verdes.

No céu, anda uma estrelinha original, a guiar-nos a tempo inteiro, ainda que muitos duvidem da sua existência, já que não pode ser vista a olho nu.


Algumas descidas súbitas de temperatura têm causado arrepios em todo o país, mas a chuva nunca ousou aparecer, apesar das ameaças, para contentamento da generalidade da população.


Embora os termómetros não excedam as médias normais para a época do ano, tem-se assistido a picos de calor que afectam todo o território do Continente, assim como as ilhas, obrigando as pessoas a refugiar-se em casa, durante largos períodos de tempo.

Quando o mercúrio atinge o máximo, é impossível ficar entre quatro paredes, e os cidadãos têm optado por refrescar-se no exterior, em finais de tarde ou princípios da noite, recuperando a tradição quase perdida de convívio com vizinhos, amigos e conhecidos, e alimentando velhos e novos contactos, fora de portas, no largo ou no centro de vilas, aldeias ou cidades.

Os técnicos do Instituto de Meteorologia e Geofísica estão a estudar um raro fenómeno de espelho que faz com que as condições climatéricas de muitas localidades europeias (e mesmo mundiais) sejam idênticas às que se verificam em Portugal.

O céu só verde e vermelho está a atrair a curiosidade e a inveja de curiosos e estudiosos do mundo inteiro.

De acordo com as previsões, o bom tempo vai continuar, porque o sol é redondo como uma bola.

Segundo alguns meteorologistas, este pode vir a ser o mais quente Verão das nossas memórias.

03 julho 2006

O Galinheiro da Inês - VII

 Depois do futebol, fui de visita à Inês.

Eis a nova ninhada, de uma outra galinha.
O pai das crianças é, claro, o Garnisé de Santo André!
À primeira vista, os pintainhos parecem todos iguais, mas já viram bem o primeiro a contar da direita? Tal pai, tal filho!
Desta ninhada, são nove, menos um que na primeira. Mas não se pense que a veia reprodutora do garnisé enfraqueceu; ele está de boa saúde, e há cada vez mais garnisezinhos à solta.
Não tarda nada, são mais os pintos do que os ovos!
A Inês anda deliciada. Que os pintos são de encher o olho, lindinhos e fofos, isso não há dúvida!
Em contrapartida, a mãe da Inês, que toda a vida criou pintos de raça, de boas galinhas alentejanas e bons galos galões, diz que a filha se passou, que perdeu o brio, e que não tem olhos na cara para ver a miséria em que se está a tornar o galinheiro dela, que já foi um dos melhores de Cerromaior e arredores.
Deixei-as a discutir, e vim-me embora.
Um dia destes, volto lá.

02 julho 2006

Estrelinha

Estrelinha

A cara de quem ganha não é igual à de quem perde.

Estou de pinha arreganhada!

Agradeço sobretudo ao Ricardo, ao Miguel e ao Ricardo Carvalho, a Santíssima Trindade terrena que acompanhou a Estrelinha lá de cima, que continua a acompanhar-nos.

Quanto ao Cristiano, cumpriu a sua obrigação. De um muitíssimo habilidoso individualista que quer fazer quase tudo sozinho, só se pode esperar que não falhe, quando tem a baliza aberta e a bola só para si.

Tiago foi pena... Pauleta foi frustrante, Simão pouco mais... e não tínhamos mais ninguém, a não ser a Estrelinha. Bastou.


O dia correu-me bem:

Objectivo 1: Vencemos a Inglaterra.

Objectivo 2: Vimos o Brasil sair do nosso caminho (para poupar Scolari), e sobrou a França para nós.

Agora, e para já, temos umas continhas antigas a ajustar com os franceses.

Vai-me dar muito gozo se formos nós a mandá-los para casa, mas eles não são pêra doce... viu-se contra o Brasil, muito justamente eliminado!


Do resto, falamos na 4ª à noite!

01 julho 2006

Sábado de Reencontro

Dormir bem. Não pensar.

Descansar.

Respirar fundo, muito fundo, lá onde ainda resta "oxigene" não conspurcado.

Resistir. Atingir o grau zero da indiferença, na certeza do valor próprio.

Ignorar as provocações.

Não temer.

Controlar impulsos.

Elevar-se.


Estar atento a contra-ataques, a simulações e a estratégias de jogo baixo.

Não subestimar o adversário e a sua capacidade para se vitimizar.

Converter a raiva incontida em serena indiferença.


Resistir. Esperar. Resistir.

Contar que o jogo possa estar viciado.

Resistir. Esperar. Resistir.

Acreditar que a fruta podre acaba sempre por cair da árvore.

Atacar no momento certo.


Naturalmente, seguir em frente, sempre de cabeça erguida.

Ficar feliz, e com quem se gosta.


Se seguir esta linha de conduta, a Selecção portuguesa de futebol consegue vencer a Inglaterra.